|
Por Fernando Urbano
Argentino projectou 28.º aniversário com A BOLA. Tudo lhe corre de feição na Luz: é o rei dos belos golos e das assistências; espera o título como prenda.
É o próprio a ter um assomo de nostalgia: «Nem parece que estou mais perto dos 30 anos...». Esta barreira psicológica pesa a todos os jogadores e Saviola não vive noutro mundo: ou é agora ou nunca que irá desfrutar de momentos tão belos como aquele que proporcionou frente à Académica, na última jornada, com um chapéu a Rui Nereu que deixou o estádio em estado de euforia colectiva.
Ainda ontem o argentino era obrigado a explicar a alguns dirigentes que encontrou no Estádio da Luz, a fórmula utilizada para fazer um dos melhores golos do campeonato.
A vida corre-lhe bem. «Gosto muito da cidade, das pessoas e dos meus colegas de plantel. Assim até se cumpre um aniversário de outra maneira», diz, sorridente.
Há quem diga que um jogador atinge o auge da carreira aos 28 anos. Saviola ri-se, escolhe os ombros. «Não sei se isso é assim. É tudo muito relativo. Depende de jogador para jogador. Sinto-me bem fisicamente mas sei que já não tenho 17 anos [a idade em que começou a brilhar no histórico River Plate] nem 23. Estou muito motivado, com vontade de vencer, marcar golos, mas já encaro o jogo de forma diferente. O que muda? É mais uma questão da forma como se vê o jogo, agora tenho mais experiência. Sinceramente, sinto-me muito bem como estou. Estou a viver um grande momento.»
O score já vai dilatado: 12 golos, a dois do seu melhor registo dos últimos anos (14 pelo Sevilha, na época 2005/06, que culminou com a conquista da Taça UEFA).
A satisfação é óbvia, mas já nem está assim tão surpreendido. «Para ser sincero, o primordial era pôr-me bem. Vinha de uma época sem jogar [no Real Madrid] e pretendia estar bem fisicamente. Sabia que se estivesse bem fisicamente, os golos poderiam surgir. Felizmente está tudo a correr bem e estou muito satisfeito pelo número de golos que já marquei até agora», confessa, orgulhoso, sem regatear elogios ao seu companheiro de ataque: «Estou a entender-me muito bem com Cardozo. Nós, os avançados, passamos por fases. Hoje estamos numa sintonia muito boa e o grupo tem de saber que estamos bem, que podemos dar a bola um ao outro. Sinto-me muito cómodo a jogar com ele.»
先贴 等翻译 |
|